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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O VERDADEIRO SIGNIFICADO DAS PROFECIAS CONCERNENTES À VINDA DE CRISTO

O VERDADEIRO SIGNIFICADO DAS PROFECIAS CONCERNENTES À VINDA DE CRISTO
30 de outubro

Na Bíblia há profecias sobre a vinda de Cristo. Os judeus ainda esperam a vinda do Messias e oram a Deus, dia e noite, para apressar Seu advento.

Quando Cristo veio, eles O denunciaram e mataram, dizendo: "Este não é Aquele a quem nós esperamos. Observai! Quando o Messias vier, sinais e prodígios testificarão que em verdade, Ele é o Cristo. Conhecemos os sinais e as condições, e eles não apareceram. O Messias procederá de uma cidade desconhecida. Sentar-se-á no trono de Davi, e vede, Ele virá com uma espada de aço, e com um cetro de ferro Ele reinará! Cumprirá a lei dos Profetas, conquistará o Leste e o Oeste e glorificará o Seu povo eleito, os judeus. Estabelecerá um reinado de paz, durante o qual até os animais deixarão de ser inimigos do homem. Vede! Pois o lobo e o cordeiro beberão da mesma fonte, o leão e a corça deitar-se-ão no mesmo pasto, a serpente e o rato partilharão do mesmo ninho, e todas as criaturas de Deus repousarão."

Segundo os judeus, Jesus, o Cristo, não preencheu nenhuma dessas condições, porque seus olhos estavam fechados e eles não podiam ver.

Ele veio de Nazaré, um lugar não desconhecido. Não carregou nenhuma espada em Sua mão, nem mesmo uma vara. Não se sentou no trono de Davi; foi um homem pobre. Reformou a Lei de Moisés e não observou o Sábado. Não conquistou o Leste e o Oeste, mas sim, sujeitou-se à Lei Romana. Não exaltou os judeus; ao contrário, ensinou igualdade e fraternidade e repreendeu os escribas e os fariseus. Não inaugurou nenhum reinado de paz, pois durante Sua vida a injustiça e a crueldade chegaram a tal extremo que Ele Próprio foi vitimado e sofreu morte ignominiosa sobre a cruz.

Assim os judeus pensavam e falavam, pois não entendiam as Escrituras nem as gloriosas verdades nelas contidas. A letra eles sabiam de cor, mas do espírito vivificante nada compreenderam.

Escutai, e eu vos explicarei o significado disso. Embora tivesse vindo de Nazaré, que era um lugar conhecido, Ele veio também do Céu. Seu corpo nasceu de Maria, mas Seu Espírito veio do Céu. A espada que ele carregava era a espada da Sua língua, com a qual separou o bom do mau, o verdadeiro do falso, o fiel do infiel e a luz da treva. Sua Palavra era realmente uma espada afiada! O trono no qual Cristo se sentou é o Trono Eterno de onde Ele reina para sempre, um trono celestial, não terreno, pois as coisas da terra passam, mas as coisas celestiais não passam. Ele reinterpretou e completou a Lei de Moisés e cumpriu a Lei dos Profetas. Sua palavra conquistou o Leste e o Oeste. Seu Reino é eterno. Ele exaltou aqueles judeus que O reconheceram. Eram homens e mulheres de nascimento humilde, mas o contato com Ele os fez grandes e deu-lhes dignidade perpétua. Os animais que haviam de viver reunidos significavam as diferentes seitas e raças que, outrora em estado de guerra, agora conviveriam em amor e caridade, bebendo conjuntamente a água da vida da Fonte Eterna -- Cristo.

Assim, todas as profecias espirituais relativas à vinda de Cristo foram cumpridas; mas os judeus fecharam os olhos a fim de que não vissem e os ouvidos para que não escutassem, e a Realidade Divina de Cristo passou por entre eles despercebida, não amada e não reconhecida.

É fácil ler as Escrituras Sagradas, mas, somente com o coração limpo e a alma pura, é que se pode compreender seu verdadeiro significado. Peçamos a Deus ajuda para nos capacitar a entender os Livros Sagrados. Imploremos olhos para vermos, ouvidos para ouvirmos e corações que anseiem pela paz.

A eterna Providência de Deus é imensurável. Ele escolhe sempre certas almas sobre as quais derrama a Generosidade Divina do Seu coração, cujas mentes ilumina com a luz celestial, às quais revela os mistérios sagrados e exibe claro o Espelho da Verdade. Essas almas são os discípulos de Deus, e Sua bondade é infinita. Vós, que sois servos do Altíssimo, sejais discípulos também. Os tesouros de Deus são ilimitados.

O Espírito, soprando através das Escrituras Sagradas, é alimento para todos os que têm fome. Deus, Que tem concedido a revelação aos Seus Profetas, certamente dará de Sua abundância o pão de cada dia a todos aqueles que O procuram fielmente.

    ('Abdu'l-Bahá, Palestras de Abdu'l-Bahá, pág. 16)



Bahá'u'lláh revela e dessela o verdadeiro significado do "Consolador" prometido por Jesus Cristo no Evangelho de segundo João.

Para os dotados de compreensão, está claro e manifesto que, quando o fogo do amor de Jesus consumiu os véus das limitações judaicas e Sua autoridade se tornou evidente e foi em parte obedecida, Ele, o Revelador da Beleza invisível, dirigindo-se a um dia aos discípulos, fez referência a Seu traspasse e, acendendo-lhes no coração o fogo do pesar, disse: "Vou embora e venho outra vez a vós." E em outro lugar disse: "Vou e outro virá que vos há de dizer tudo o que Eu não vos disse, e cumprirá tudo o que Eu disse." As duas declarações significam o mesmo – se meditardes, com percepção divina, sobre os Manifestantes da Unidade de Deus.


(Bahá'u'lláh, Kitab-i-Iqán - O Livro da Certeza, pág 17)

8. Este é o texto que foi revelado outrora, no primeiro Evangelho, de acordo com Mateus, com relação aos sinais que anunciariam o advento dAquele que viria depois dEle. Ele disse: "Ai das mulheres que estiverem grávidas ou amamentarem naqueles dias..."5, até que o Pombo místico, chilreando no mais íntimo da eternidade, e a Ave celestial cantando na Árvore Divina, diga: "Logo após estes dias de tribulação, o sol escurecerá, a lua não terá claridade, cairão do céu as estrelas e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu, o sinal do Filho do homem. Todas as tribos da terra baterão no peito e verão o Filho do homem vir sobre as nuvens do céu, cercado de glória e majestade. E ele enviará seus anjos com estridentes trombetas."6
9. No segundo Evangelho, de acordo com Marcos, o Pombo da santidade se expressa nos seguintes termos: "Porque naqueles dias haverá tribulações tais como nunca houve, desde o princípio do mundo que Deus criou até agora, nem haverá jamais."7 E cantará depois as mesmas melodias que antes, sem mudança ou alteração. Deus, verdadeiramente, é testemunha da veracidade de Minhas palavras.
10. E no terceiro Evangelho, de acordo com Lucas, está registrado: "Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, a aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações perplexas, pelo bramido do mar e das ondas. E as forças dos céus serão abaladas. Então verão o Filho do homem vir sobre uma nuvem com grande glória e majestade. E quando começarem a acontecer essas coisas, saiba que o reino de Deus está próximo."8
11. E no quarto Evangelho, de acordo com João, está registrado: "Quando vier o Consolador, que vos enviarei por parte do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de Mim. Também, vós dareis testemunho."9 E em outra parte Ele diz: "Mas o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito."10 E: "Agora vou para aquele que me enviou, e ninguém de vós me pergunta: Para onde vais? Mas porque vos falei assim..."11 E ainda outra vez: "Entretanto, digo-vos a verdade: convém a vós que eu vá! Porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas se eu for, vo-lo enviarei."12 E: "Quanto vier, porém, o Espírito da verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e anunciar-vos-á as coisas que virão."13
12. Tais são os textos dos versos revelados no passado. Por Aquele além do Qual não existe outro Deus, decidi ser breve, pois fosse Eu repetir todas as palavras que foram enviadas aos Profetas de Deus do reino de Sua glória sublime e do Domínio de Sua poderosa soberania, todas as páginas e epístolas do mundo não seriam suficientes para exaurir Meu tema. Referências similares àquelas mencionadas, até mesmo ainda mais sublimes e exaltadas, foram feitas em todos os Livros e Escrituras do passado. Se fosse Meu desejo relatar tudo o que foi revelado anteriormente, certamente seria capaz de fazê-lo em virtude daquilo que Deus Me concedeu dos esplendores de Seu conhecimento e poder. Porém, contento-Me com aquilo que foi mencionado, para que tu não fiques cansado em tua jornada, ou sinta-se inclinado a desistir, ou para que não sejas tomado de tristeza ou pesar, nem te advenha desalento, inquietação ou fadiga.
13. Sê justo em teu julgamento e reflete sobre estas excelsas elocuções. Indaga, então, daqueles que reivindicam conhecimento sem uma prova ou testemunho de Deus, e que permanecem desatentos nestes dias em que o Orbe do conhecimento e da sabedoria alvoreceu no horizonte da Divindade, compartindo com cada um o que lhe é devido e concedendo-lhes o grau e a medida devidos com relação ao que eles possam dizer quanto a estas alusões. Realmente, seu significado tem deslumbrado as mentes humanas, e mesmo as almas mais santificadas têm sido incapazes de descobrir o que elas ocultam da sabedoria consumada e do conhecimento latente de Deus.


(Bahá'u'lláh, Jóias dos Mistérios Divinos, pág. 5-7)

CAMINHANDO PELO VALE DA BUSCA

CAMINHANDO PELO VALE DA BUSCA

LENINE FIUZA LIMA

POETA, PRESIDENTE DA ACADEMIA DE LETRAS DO DISTRITO FEDERAL




AQUELE QUE CAMINHA SOB O SOL
HÁ DE POUSAR À SOMBRA DE UMA FRONDE,
AQUELE QUE CAMINHA SOB ESTRELAS
HÁ DE DEITAR-SE E ADORMECER A FRONTE,
A SEDE HÁ DE FAZÊ-LO RECURVAR-SE
À ÁGUA QUE CANTA ENQUANTO FLUI DA FONTE,
E O BRAÇO HÁ DE ERGUER COM SEUS CLAMORES
NO SILÊNCIO DOS FRUTOS E DA FOME...
NÃO HÁ TEMPO A CONTAR NO VALE EXTENSO
ONDE SE BUSCA DEUS E NUNCA OS HOMENS,
SER PACIENTE COM A LUZ QUE NOS OFUSCA
E, EM NOSSOS OLHOS, A PAISAGEM ESCONDE...
SER PACIENTE COM A NOITE, EM CUJAS TREVAS
O TRIGO E O JOIO, A FLOR E O ESPINHO SOMEM...
É CAMINHAR COMO CAMINHAM OS DIAS
A NASCER E A MORRER, NOS HORIZONTES,
HÁ DEDOS INVISÍVEIS QUE MOVEM
ATRÁS DE CADA ESTRELA E CADA MONTE...
E TECEM A RENDA ETÉREA DAS GALÁXIAS,
E A RAMAGEM DOS CAMPOS VERDEJANTES...
E, SOBRE OS OSSOS DOS ANTEPASSADOS,
OS PASSOS DOS PIEDOSOS CAMINHANTES;
ESSES QUE TRAZEM O CORAÇÃO NO OLHAR
E, NELE, LÁGRIMAS AO INVÉS DE SANGUE...
E GUARDAM, SOBRE AS PÁLPEBRAS VELADAS,
TODAS AS TERRAS, TODOS OS SEMBLANTES
VAGANDO COMO OS VENTOS A LEVAR
NUVENS, ONDAS, SEMENTES, VOZES, NOMES
PELO VALE DA BUSCA, ONDE HÁ UM DEUS
ÀS VEZES PERTO, ÀS VEZES MUITO LONGE!
DESVAIRADOS AQUELES QUE O PROCURAM,
ESTILHAÇANDO RÚTILOS DIAMANTES,
AQUELES QUE O PROCURAM SOB O PÓ
DAS SANDÁLIAS PROFANAS SÃO INFAMES,
MAS HÁ DE SER BENDITO O DESVARIO
E CONSAGRADA A INFÂMIA DOS QUE TANGEM
SUAS ALMAS POR TODOS OS LUGARES,
PORQUE NÃO BUSCAM NADA, HUMILDE OU GRANDE,
MAS, O SENHOR DE TODOS OS ESPAÇOS,
PARA QUE AQUELES QUE TÊM FÉ O ENCONTREM,
A VERGONHA DOS SÁBIOS É QUE FAZ
MENOR ESTE INFINITO QUE É POR ONDE
DEUS SE REVELA, DEUS SE MANIFESTA,
E REINA E VÊ, E JULGA E FALA; E BRANDE
OS RAIOS QUE AFUGENTAM AS GARRAS DA ÁGUIA...
E IMPERA E SENTENCIA E, NO ALTO, BRAME
OS SEUS TROVÕES PARA QUE CALE A PÓLVORA
E, EM TODAS AS IGREJAS, CALE O BRONZE,
AS SÚPLICAS DO HUMILDE SOB OS GRITOS,
OS GEMIDOS DO JUSTO SOB O ALFANGE,
DEUS OUVIRÁ NA LUZ DOS SEUS RELÂMPAGOS,
DEUS OUVIRÁ NOS VENTOS MAIS DISTANTES,
POIS, SE JACÓ DENTRO DA TENDA ESCURA,
GRAÇAS A ARAGEM PURA E REFRESCANTE,
PÔDE SENTIR DO FILHO AUSENTE O ODOR
NA TÚNICA TRAZIDA DE TÃO LONGE,
O QUE DIZER DE DEUS QUE FEZ OS MUNDOS?
O QUE DIZER DE DEUS QUE FEZ OS HOMENS?
EU SEGUIREI BUSCANDO TE... BUSCANDO-TE...
ATÉ QUE, UM DIA... ATÉ QUE, UM DIA, O ENCONTRE!

Bahá'u'lláh revela e dessela o verdadeiro significado de "Aflição" predita por Jesus Cristo (Mateus 24: 21, 29)

Quanto às palavras – "Logo depois da aflição daqueles dias" – elas se referem ao tempo em que os homens serão oprimidos e aflitos; o tempo em que nem sequer os mais ligeiros traços do Sol da Verdade restarão, quando o fruto da Árvore do conhecimento e da sabedoria houver desaparecido do meio dos homens e as rédeas da humanidade tiverem caído nas mãos dos insensatos e ignorantes, quando se tiverem fechado os portais da divina unidade e compreensão – desígnio essencial e o mais elevado da criação – quando o conhecimento certo tiver cedido lugar à vã fantasia e a corrupção usurpado a posição da justiça. Condições como essas se verificam, hoje, havendo já as rédeas de cada comunidade caído nas mãos de dirigentes insensatos, que guiam segundo os próprios caprichos e desejos. A menção de Deus, na sua língua, tornou-se um nome vazio; em seu meio, Sua santa Palavra é apenas uma letra morta. Tal é o predomínio de seus desejos, que a lâmpada da consciência e do raciocínio se acha apagada em seus corações e isso, não obstante haverem os dedos do poder divino descerrado os portais do conhecimento de Deus, e a luz do conhecimento divino e da graça celestial ter iluminado e inspirado a essência de todas as coisas criadas, de modo que, em cada uma, desde a menor, se abriu uma porta para o conhecimento e dentro de cada átomo os sinais do sol se manifestaram. E, no entanto, apesar de todas essas múltiplas revelações do conhecimento divino que têm circulado pelo mundo, eles ainda imaginam, futilmente, que a porta do conhecimento está fechada e as chuvas da graça têm cessado. Apegando-se à vã fantasia, desviaram-se para longe do 'Urvatu'l-Vuthqá (20) do conhecimento divino. Parece que os corações não se inclinam para o conhecimento, nem para a porta que a este conduz, e tampouco pensam eles em suas manifestações, havendo em sua vã fantasia encontrado a porta que conduz às riquezas terrenas enquanto que, na manifestação do Revelador do conhecimento, encontram apenas o apelo ao sacrifício. Naturalmente, pois, seguram a primeira com tenacidade, enquanto fogem da última. Embora em seus corações reconheçam ser uma só a Lei de Deus, emitem de toda parte, no entanto, um novo mandamento e proclamam em cada estação um decreto novo. Não se encontram duas pessoas que estejam de acordo sobre a mesma lei, pois não procuram outro Deus senão o próprio desejo, e nenhum caminho trilham exceto o do erro. Vêem no prestígio o objetivo final de seus esforços; e consideram o orgulho e a arrogância como sendo o cumprimento supremo do desejo de seu coração. Julgam que suas sórdidas maquinações sejam superiores ao decreto divino; recusam resignar-se à vontade de Deus; ocupam-se em planos egoístas e seguem pelos caminhos da hipócrita. Com todo o seu poder e todas as suas forças, tentam assegurar-se em suas ocupações triviais, receosos de que o menor descrédito venha a minar-lhes a autoridade ou macular a magnificência que ostentam. Fossem os seus olhos ungidos e esclarecidos com o colírio do conhecimento de Deus, descobririam, certamente, que numerosos animais vorazes se têm juntado para rapina, visando os cadáveres que são as almas dos homens.
Qual a "aflição" maior do que essa a que aludimos? Qual a "aflição" mais penosa do que a de uma alma em busca da verdade, desejosa de atingir o conhecimento de Deus, mas que não sabe onde ir ou de quem buscá-lo? Pois as opiniões têm divergido lastimavelmente e os caminhos que conduzem a Deus se multiplicaram. Essa "aflição" é a característica essencial de toda Revelação. Sem que isso suceda, o Sol da Verdade não se manifestará, porque o amanhecer da luz divina só virá guiar-nos após as trevas da noite do erro. Por essa razão, em todas as crônicas e tradições, há referência a essas coisas, isto é, que a iniqüidade cobrirá a superfície da terra e a escuridão envolverá a humanidade. Como as referidas tradições são assaz conhecidas, e porque este servo deseja brevidade, Ele não citará o texto dessas tradições.
Se essa "aflição" (que significa, literalmente, pressão) fosse interpretada como contração da terra, ou se a vã fantasia dos homens imaginasse calamidades similares destinadas a cair sobre a humanidade, é claro e óbvio que essas coisas jamais sucederão. Eles, seguramente, objetarão que esse requisito da revelação divina não se manifestou. Tal foi, e ainda é seu argumento. A "aflição", porém, significa a falta de capacidade para adquirir conhecimentos espirituais e compreender a Palavra de Deus. Significa que, ao se pôr o Sol da Verdade e ao se partirem os espelhos que refletem Sua luz, sofrerá a humanidade "aflição" e dificuldades, não sabendo aonde se dirigir para ser guiada. Assim Nós te instruímos na interpretação das tradições e te revelamos os mistérios da sabedoria divina, para que tu possas talvez entender o seu significado e ser um daqueles que sorveram do cálice da compreensão e dos conhecimentos divinos.

    (Bahá'u'lláh, Kitab-i-Iqán - O Livro da Certeza, pág 21-23)