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I -- -- Primeiro princípio de Bahá'u'lláh: A Busca da Verdade!

I  --  --  Primeiro princípio de Bahá'u'lláh:

Busca da Verdade

O homem deve libertar-se de todo o preconceito e do resultado de sua própria imaginação, a fim de ser capaz de buscar a verdade livremente. A verdade é una em todas as religiões e por seu intermédio pode ser realizada a unidade do mundo.

Todos os povos têm uma crença fundamental em comum. Sendo una, a verdade não pode ser dividida e as diferenças que se evidenciam entre as nações resultam apenas do seu apego ao preconceito. Se os homens procurassem somente a verdade, encontrar-se-iam unidos.

    ('Abdu'l-Bahá, Palestras de Abdu'l-Bahá)
PRIMEIRO PRINCÍPIO -- A BUSCA DA VERDADE
Avenida de Camões n. 4 -- Paris -- 10 de novembro

"O primeiro princípio do Ensinamento de Bahá'u'lláh é:

A Busca da Verdade

Se um homem desejar ser bem sucedido na busca da verdade, deverá, em primeiro lugar, fechar os olhos a todas as superstições tradicionais do passado.

Os judeus têm superstições tradicionais, os budistas e os zoroastrianos não estão livres delas, nem os cristãos! Todas as religiões têm-se tornado igualmente apegadas à tradição e ao dogma.

Os adeptos de cada religião consideram a si próprios os únicos guardiões da verdade e as demais religiões um conjunto dos erros. Eles próprios estão com a razão, os outros estão errados! Os judeus acreditam que são os únicos possuidores da verdade e condenam as demais religiões. Os cristão afirmam que sua religião é a única verdadeira e que todas as outras são falsas. Do mesmo modo, os budistas e os maometanos; todos limitam-se a si próprios. Se todos condenam-se mutuamente, onde buscaremos a verdade? Contradizendo-se uns aos outros, não podem ser todos verdadeiros. Se cada qual acredita ser a sua religião única verdadeira, cega os olhos para a verdade nas outras. Se, por exemplo, um judeu está restrito à prática externa da religião de Israel, não se permite perceber que a verdade pode existir em qualquer outra religião; ela deve estar toda contida na sua própria!

Devemos, por conseguinte, desligar-nos das formas externas e práticas da religião. Devemos compreender que essas formas e práticas, conquanto belas, são apenas roupagens vestindo o coração zeloso e os membros vivos da Verdade Divina. Devemos abandonar os preconceitos da tradição se quisermos obter sucesso em encontrar a verdade que está na essência de todas as religiões. Se um zoroastriano acredita que o sol é Deus, como pode unir-se às outras religiões? Enquanto os idólatras acreditam nos seus vários ídolos, como podem compreender a unicidade de Deus?

É claro, portanto, que, a fim de fazermos qualquer progresso na busca da verdade, devemos renunciar à superstição. Se todos os pesquisadores seguissem este princípio, obteriam uma clara visão da verdade.

Se cinco pessoas se reúnem para buscar a verdade, devem começar libertando-se de todas as suas próprias condições especiais e renunciando a todas as idéias preconcebidas. A fim de encontrarmos a verdade, devemos abandonar nossos preconceitos, nossas próprias pequenas noções triviais; é essencial termos mente aberta e receptiva. Se nosso cálice é cheio do eu, não há lugar nele para a água da vida. O fato de nos imaginarmos com a razão e os outros errados, é o maior de todos os obstáculos no caminho para a unidade; e a unidade é necessária se desejarmos alcançar a verdade, pois esta é una.

É imperativo, portanto, renunciarmos a todos os preconceitos e superstições particulares, se desejamos ardentemente encontrar a verdade. A não ser que em nossas mentes façamos distinção entre dogma, superstição e preconceito, de um lado, e verdade de outro, não podemos obter sucesso. Quando estamos procurando algo ardentemente, buscamo-lo por toda a parte. Este princípio devemos trazer conosco na busca da verdade.

A ciência deve ser aceita. Nenhuma verdade pode contestar outra verdade. A luz é boa, seja qual for a lâmpada em que brilhe! A rosa é bela, qualquer que seja o jardim em que floresça! Uma estrela tem o mesmo resplendor, quer brilhe do Leste ou do Oeste. Libertai-vos do preconceito; assim amareis o Sol da Verdade, seja qual for o ponto do horizonte em que se levante! Compreendereis que, se a Luz Divina da Verdade brilhou em Jesus Cristo, também brilhou em Maomé e em Buda. O pesquisador fervoroso chegará a esta verdade. Isto é o que significa a "Busca da Verdade".

Quer dizer também que devemos estar dispostos a livrar-nos de tudo quanto aprendemos, tudo quanto possamos embaraçar nossos passos no caminho da verdade; não devemos esquivar-nos, se necessário, de recomeçar nossa educação já terminada. Não devemos permitir que nosso amor por qualquer religião ou personalidade nos deixe cegos os olhos a ponto de nos acorrentar à superstição! Quando estivermos livres de todos esses vínculos, pesquisando com mente aberta, poderemos atingir nosso objetivo.

"Procurai a verdade, e a verdade vos fará livres". Assim vê-la-emos em todas as religiões, pois a verdade está em todas e é uma só!

    ('Abdu'l-Bahá, Palestras de Abdu'l-Bahá)

"...falei sobre o primeiro princípio do Ensinamento de Bahá'u'lláh, "A Busca da Verdade", mostrando ser necessário o homem afastar toda espécie de superstição e toda a tradição que possam fechar-lhe os olhos à existência da verdade em todas as religiões. Embora amando e sendo fiel a uma forma de religião, não deve permitir-se detestar todas as outras. É essencial que busque a verdade em todas as religiões, no que seguramente será bem sucedido se empenhar-se com o máximo fervor.

    ('Abdu'l-Bahá, Palestras de Abdu'l-Bahá